domingo, 24 de agosto de 2008

Heróis



Olimpíadas chegando ao fim, infelizmente pra mim e pra muitos outros adoradores do esporte.
Perdi algumas horas de sono pra ver os brasileiros em ação. É ótima a tensão quando se está assistindo um brasileiro disptando ponto a ponto, metro a metro, uma medalha, independente do esporte.
Fazendo um balanço de tudo, dá pra tirar umas boas lições desse evento que muitos podem simplesmente desprezar por "não gostar de competições", por mais que isso possa parecer absurdo.
O Brasil deixa Pequim com 3 medalhas de ouro, 4 de prata e 8 de bronze. Pouco? Sim, é pouco. Num país com (mais de) 170 milhões de pessoas, é pouco ter apenas umas 50 capazes de chegar no pódio de uma olimpíada. Culpa dos atletas? Não.
Num país onde pouco se investe no esporte, poucos são mesmo os que tem coragem e fibra pra conseguir chegar num pódio olímpico. Exclui-se do meu comentário apenas os jogadores de futebol, que ganham salários astronômicos e até hoje não nos deram sequer um ouro em jogos olímpicos. Mas eles também tiveram suas dificuldades, nesse país que acha que pra vencer no esporte só é preciso ter atletas bons. Não é. O esporte não é incentivado. Como pode um jovem querer se tornar atleta no Brasil se na escola não tem nada a não ser uma bola de futebol velha e murcha e uma quadra de futsal, quando muito? E os outros esportes? Será que é impossível colocar quadras de verdade nas escolas, prontas pra prática de volei, basquete, handebol, futebol, etc.? Será que é difícil investir em material pra que os jovens tenham pelo menos alguma vontade de praticar esportes? Será que um país que tem dinheiro pra sediar um pan-americano e terá dinheiro pra sediar uma olimpíada em 2016 não devia primeiro pensar em formar atletas pra depois sediar competições, e não simplesmente sediar pra ganhar dinheiro com turismo?

Vou além: será que os educadores sabem do papel que têm nesse sentido? Menosprezam a "educação física" nas escolas. Professores acham que é só dar uma bola pra jogarem e tudo se resolve. No fim do semestre é nota 10 pra todo mundo e pronto. Como um aluno vai saber se gosta ou não de esportes se não praticá-los corretamente antes? E quando digo praticar, não estou dizendo pegar uma bola e jogar, mas ter treinamento e instrução adequados por parte dos professores. O governo tem culpa? Tem. Os educadores também? Também.

E por fim, temos culpa todos nós. Só se pensa nos problemas de cunho financeiro. Tal político roubou, o juro tá alto, a carne tá cara... O resto dos problemas é o resto. Aí chegam as olimpíadas. Brasileiro "perde" e é aquela coisa: "Brasil é uma merda", "Brasileiro é tudo uma bosta", "É uma vergonha"... E eu digo que vergonha é saber que esse cara da foto, só tomando como exemplo, teve que sair da "pátria amada" pra se tornar um campeão. Isso que deveria envergonhar e entristecer as pessoas. O Brasil é uma merda nesse aspecto, porque na derrota sempre tem que ter um culpado, e no nosso caso, a maioria dos brasileiros acha que a culpa do país só levar chumbo nas olimpíadas é dos atletas. Uma pena.
Que fique de exemplo pra milhões de pessoas o choro desse e de outros que levantaram ouros, pratas e bronzes. O choro deles é de orgulho. O orgulho de saber que são vencedores num país que perde pra si mesmo.

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Ouvindo:
Dishwalla - Somewhere in the middle

terça-feira, 13 de maio de 2008

Boooored


“Não é difícil entrar na universidade... Difícil é sair.”.

A esse velho e manjado jargão, adiciono a frase: “Você não acredita nisso até entrar nela.”.

Você dá duro um ano inteiro, rala, se fode, acha que estudou tudo o que podia e que não tem nada mais difícil do que “aquele” logaritmo neperiano ou nome de uma célula qualquer da biologia. Engano seu e engano meu também, que entrei nessa bonitinho.

A universidade é desgastante ao extremo. No começo é tudo bonito, os professores manjam muito mais do que os panacas com os quais você teve aula no ensino médio, a estrutura é coisa linda, as matérias em sua maioria são aquelas que você gosta...

Passa-se um mês, os professores já são tão babacas quanto os do ensino médio, a estrutura nem é lá essas coisas e as matérias são mais difíceis do que você imaginava.

Passam-se dois meses, os professores são insuportáveis, a estrutura pouco importa, afinal você não aprende porra nenhuma seja passando matéria no quadro ou no projetor, e as matérias que você acredita que amava e não tinha dificuldade alguma agora são praticamente impossíveis, e seu cérebro é quase como uma rocha intransponível, não adianta tentar, fazer força, estudar todos os dias que você sempre vai achar que sabe pouco.

Deus abençoe o cara que inventou o “regime” semestral. Assim, a cada 6 meses você troca de professores, de matérias e (pelo menos) se renova pra encarar toda essa desgraça novamente.

Eu devia ter escolhido humanas... Ah, eu devia...

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Lembro que ano passado eu tive o meu período meio “down” no fim do primeiro semestre por excesso de estudo... Pois é, essa semana começou toda errada e já começo a ver que é reflexo do meu próprio humor. Estou péssimo. Pior coisa do mundo é não ter nada que consiga fazer você se animar nem um pouquinho.

Acaba logo, primeiro período.

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Ouvindo:

The Fray – Over my head

Banda batuta.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Dai-me paciência...

Conversa entre duas senhoras no ônibus:
Senhora 1 (logo após uma criança descer do ônibus): Aiii que raiva dessas crianças... Passam o dia inteiro sentadas na escola e não eferecem lugar pra gente, cheia de sacola.
Senhora 2: Verdade! Nossa, esses dias eu tava voltando do trabalho cansada e tava cheio de estudante sentado e nenhum me ofereceu lugar... É brincadeira!
Senhora 1: Quando eu vou pro trabalho de manhã eu até espero passar uns 2 ônibus que vão cheio de piá pra poder ir sentada tranqüila... É muita falta de respeito! E ainda, às vezes, pisam nos pés da gente e não tão nem aí.

E ficaram nisso até chegar no terminal.
Eu era o único estudante no ônibus. Talvez devesse ter aberto a boca pra dar uma lição nessas senhoras, mas preferi ficar quieto. Se nem 60 anos de vida ensinaram elas a pensarem, não seria eu quem iria fazê-lo.
Mas confesso que me deu uma grande vontade de perguntar: e elas? Será que quando viam um estudante carregando uma mochila pesada se ofereciam pra levá-la, caso estivessem sentadas?
Falo por experiência própria... Em toda a minha vida, sequer uma vez eu vi uma pessoa de idade fazendo esse gesto, a não ser quando o próprio estudante que estivesse carregando sua mochila oferecesse lugar à uma dessas senhoras. Aí fica fácil. Mas por livre e espontânea vontade, jamais vi essa atitude partir desses idosos que tanto reclamam. Parece que essas pessoas pensam que nós jovens não fazemos esforço algum, que tudo é fácil. Estudar 6, 7 horas a fio, dormir pouco fazendo trabalhos, carregar livros que parecem xerox da bíblia de tão grandes, tudo isso é insignificante perto do cansaço dessas senhoras.
Não sei se é correto rebater má vontade com mais má vontade, mas me irrito demais com esse tipo de coisa. Nunca deixei de dar lugar a nenhuma pessoa que eu achasse que precisava, embora muitas vezes, quem sabe, eu precisasse mais do que qualquer pessoa do ônibus.
Mas mesmo já estando cansado de ouvir mulheres como essas reclamarem da vida o dia inteiro, eu não vou deixar de ser gentil quando puder. Só espero que você que lê este texto, daqui a uns 50 anos se lembre de que, se você quiser ser respeitado, precisa respeitar igualmente, afinal, jovens não são de ferro.

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Ouvindo:
Matchbox 20 - Angry

Por um tempo minhas músicas do Matchbox ficaram meio esquecidas... Oasis e Goo Goo Dolls me fizeram deixar um pouquinho esse vício de lado. Mas viciado que é viciado não tem cura não. :D

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Saldo das férias


-Quase morri do coração no tobogan de 250 metros;
-Achei que o barco ia virar quando fomos pra Costa da Lagoa;
-Descer as dunas te deixa bem sujo;
-Subir as dunas te deixa bem cansado;
-Floripa é foda.

Top 3 músicas:
-Música dance com uma sanfona (não me perguntem de quem). Ouvi pelo menos 150 vezes.
-Vanessa da Matta e Ben Harper - Boa sorte (música enjoativa e chata pra caralho)
-Qualquer rap gringo falando de putas e dinheiro (não peçam pra eu distingüí-los)

Ouvindo:
Lifehouse - Whatever it takes

Ahhhh... Que saudades das minhas músicas!